David Makali, editor-executivo da edição de domingo do “East African Standard”, de Nairobi, no Quénia, foi considerado inocente das queixas criminais apresentadas contra ele por alegado roubo de cópia de uma cassete com informações policiais, usadas numa notícia de Setembro de 2003.
O jornalista e a direcção do jornal sempre negaram ter tido sequer contacto com a referida cassete, dizendo que tinham obtido as informações através de uma transcrição das confissões dos suspeitos do assassinato de Crispin Odhiambo Mbai, elemento chave no processo de reforma constitucional do Quénia.
David Makali chegou a estar detido durante dois dias e foi mesmo pressionado pela polícia no sentido de revelar as suas fontes, o que sempre recusou.
Como o roubo da cópia da cassete não ficou provado em tribunal, o juiz Aggrey Muchelule deliberou a 4 de Abril pela inocência do arguido, pois “condenar o jornalista seria contrário à garantia constitucional de liberdade de expressão” e, além disso, “os frutos de qualquer investigação que esteja em posse da polícia não é propriedade desta, mas do público”.