O jornal “Le Monde” constituiu-se como parte civil num processo judicial de averiguação à violação do segredo das fontes no âmbito do caso Woerth-Bettencourt, informou Catherine Cohen-Richelet, advogada do diário, à France-Presse.

O caso Woerth-Bettencourt é um escândalo de fraude fiscal e financiamento ilegal de campanhas políticas que envolve a mulher mais rica de França e figuras de topo do governo de Nicolas Sarkozy, e já a 20 de Setembro de 2010 o “Le Monde” e o jornalista Gérard Davet tinham apresentado uma queixa por violação do segredo das fontes, à qual o tribunal não deu, todavia, seguimento.

Nessa queixa, o “Le Monde” acusava o Eliseu de ter solicitado serviços de contra-espionagem para identificar o ou os informadores de Gérard Davet, tendo as escutas ilegais levadas a cabo por esses serviços estado na origem da demissão de funções de David Sénat, conselheiro da antiga ministra da Justiça e suspeito de ter sido uma das fontes da comunicação social no caso Woerth-Bettencourt.