Paul Kamara, editor do jornal “For Di People”, foi ilibado por um tribunal de recurso de Freetown das acusações de difamação sediciosa que o mantinham preso há cerca de 14 meses na Serra Leoa.
Os artigos de jornal que levaram à condenação do jornalista criticavam o presidente Ahmad Tehan Kabbah por este ter estado alegadamente envolvido num escândalo de desvio de dinheiros públicos em 1967.
A libertação de Paul Kamara foi acolhida com satisfação pelo Instituto Internacional e Imprensa (IPI) e pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), tendo a directora-executiva desta última organização, Ann Cooper, afirmado que após esta decisão judicial “o governo da Serra Leoa deve efectuar imediatamente reformas legais que garantam que os jornalistas vão deixar de ser presos por fazerem o seu trabalho”.
Em declarações ao CPJ, Paul Kamara mostrou-se surpreendido pela deliberação do tribunal, dizendo que esta lhe “devolveu a confiança de que nem tudo está perdido” no sistema judicial leonês.