Um tribunal federal de Montreal, no Canadá, ordenou a 18 de Janeiro que Joël-Denis Bellavance e Gilles Toupin, jornalistas do diário francófono La Presse, revelassem a fonte que lhes deu acesso a um documento dos serviços secretos onde o marroquino Ardi
A ordem de quebra do sigilo foi dada após pedido do magrebino, que esteve detido entre Maio de 2003 e 2005 sem que, segundo os advogados, tivesse alguma vez sido notificado da informação secreta que justificou o certificado de segurança, ao abrigo do qual ficou tanto tempo preso preventivamente.
Surpreendida com a ordem judicial, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou que a imprensa não pode ser responsabilizada por um erro de procedimento judicial, pois se Charkaoui não foi notificado de informação que lhe dizia respeito a culpa não é dos jornalistas, que apenas revelaram o conteúdo do documento dos serviços secretos a 22 de Junho de 2007.
Lembrando que esta não é a primeira vez que a confidencialidade das fontes é ameaçada no Canadá, a organização salienta que esta decisão do tribunal federal pode ter um impacto duradouro no futuro da liberdade de imprensa naquele país.