Três jornalistas libertados no Iémen

Rebeldes Houthi libertaram Yahya Abdulraqeeb al-Jubeihi, Abed al-Mahziri e Kamel al-Khozani. O primeiro estava preso há um ano e fora condenado à morte. FIJ regozija-se com libertações, mas exige que todos os jornalistas detidos sejam colocados em liberdade.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) congratulou-se com a libertação de três jornalistas no Iémen, embora exigisse a libertação imediata de todos os que se encontram na prisão e insistisse no apelo para que os jornalistas deixem de ser usados como alvos no conflito que dilacera o país.

“Saudamos o sindicato local e todos os jornalistas iemenitas que se mantiveram juntos contra os ataques repetidos e a reiterada intimidação aos camaradas de trabalho”, afirmou Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ.

O caso de Yaya Abdulraqeeb al-Jubeihi, de 61 anos, era o mais urgente, uma vez que, detido há um ano e condenado à morte pelos rebeldes Houthi por alegada espionagem a favor da Arábia Saudita, a sua situação de saúde era delicada e estavam a ser-lhe recusados quaisquer tratamentos.

Os outros dois casos são os de Abed al-Mahziri e Kamel al-Khozani, detidos na semana passada pelos rebeldes Houthi por críticas às suas regras.

Refere a FIJ, citando o sindicato local, que só no primeiro trimestre deste ano aconteceram cerca de 50 violações de direitos dos jornalistas, incluindo oito raptos, quatro detenções, duas prisões e uma perseguição, das quais 62% correspondem a atos dos rebeldes Houthi e 17% foram levados a cabo por agências de segurança ligadas ao governo.

A FIJ relembra que “há ainda 18 jornalistas detidos pelos rebeldes Houthi no Iémen”.

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