Três jornalistas iraquianos foram mortos entre 24 e 28 de Junho por tropas dos Estados Unidos, denunciou o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que decidiu investigar as circunstâncias e solicitar mais informações às autoridades militares norte-americanas.

O jornalista iraquiano Ahmed Wael Bakri, da televisão Al-Sharqiyah, foi morto a tiro por tropas norte-americanas quando, alegadamente, não parou para dar passagem a um comboio de veículos dos EUA, a 28 de Junho.

Este caso segue-se às mortes do repórter iraquiano Yasser Salihee, correspondente do grupo americano Knight Ridder, a 24 de Junho, de forma similar à de Ahmed Wael Bakri, e à de Maha Ibrahim, editora de notícias do canal televisivo local Baghdad TV, também ela morta por disparos norte-americanos quando ia a caminho do trabalho em Bagdade, a 26 de Junho.

Nenhuma das duas mortes anteriores mereceu quaisquer comentários do exército norte-americano, mas no caso de Ahmed Wael Bakri a embaixada dos Estados Unidos em Bagdade enviou condolências à Al-Sharqiyah e à família, prometendo investigar o sucedido. A familiares recusaram-se a aceitar as desculpas norte-americanas.

“Não é claro se estas mortes estão relacionadas com o trabalho destes jornalistas, mas elas reflectem uma situação de segurança extremamente volátil no Iraque, mostrando que é arriscado alguém aproximar-se das forças norte-americanas e iraquianas”, afirmou o CPJ.