Três jornalistas agredidos na Rússia

Em apenas três dias, três jornalistas foram agredidos na Rússia, em casos que parecem estar relacionados com retaliações pelo exercício da profissão, denunciou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

O caso mais mediatizado foi o de Oleg Kashin, repórter do “Kommersant” que foi agredido a 5 de Novembro ao sair do seu apartamento em Moscovo. As imagens da agressão foram captadas por câmaras de vigilância e chocaram o país, levando vários órgãos a juntar-se para instar o governo a garantir a segurança dos jornalistas e a detenção e julgamento dos culpados.

O presidente Dmitry Medvedev respondeu a esses pedidos com a promessa de que os responsáveis seriam encontrados e punidos independentemente do seu estatuto ou posição na sociedade e de que, daqui em diante, prestaria maior atenção à protecção dos jornalistas.

Oleg Kashin, que escrevera recentemente sobre a oposição à passagem da nova via rápida de Moscovo para São Petersburgo pela floresta de Khimki, sofreu fracturas nos maxilares, nas pernas e nos dedos da mão, além de um traumatismo craniano, tendo os médicos optado por colocá-lo em coma induzido.

No mesmo dia do ataque a Kashin, o editor do jornal local “Saratovsky Reporters”, Sergei Mikhailov, foi agredido na rua, mas não sofreu ferimentos graves porque os seus atacantes fugiram aquando da aproximação de transeuntes.

Dois dias depois, na noite de 7 de Novembro, Anatoly Adamchuk, repórter do “Zhukovskiye Vesti”, foi agredido perto do escritório no subúrbio moscovita de Zhukovsky e hospitalizado com traumatismo craniano. Suspeita-se que o ataque esteja relacionado com a cobertura de protestos contra os planos de construir uma via rápida que vai atravessar a floresta de Tsagovsky.

Partilhe