Três edições de jornais europeus proibidas no Egipto

O governo egípcio decidiu, a 25 de Setembro, proibir a venda de três edições de jornais europeus, por considerar que continham peças “ofensivas” para o Islão – uma atitude censória criticada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

O ministro da Informação egípcio, Anas Al-Fekki, emitiu um decreto a proibir a venda da edição de 19 de Setembro do diário francês “Le Figaro”, da edição de 16 de Setembro do diário alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung” e ainda da mais recente edição do semanário britânico “Guardian Weekly”.

O “Le Figaro” de 19 de Setembro, cuja venda foi também proibida na Tunísia, continha um artigo do filósofo Robert Redeker intitulado “O que deve fazer o mundo livre face à intimidação islâmica?”, enquanto o “Frankfurter Allgemeine Zeitung” incluía uma peça sobre os recentes comentários do Papa Bento XVI sobre o Islão.

Para a RSF, “algumas pessoas podem ter-se sentido ofendidas com os artigos, mas a censura não é uma resposta aceitável”, pois “cabe aos leitores formarem a sua própria opinião e não às autoridades decidirem que informação deve chegar ao conhecimento do público”.

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