Agentes da Central Intelligence Organization (CIO) e da polícia do Zimbabué prenderam, a 14 de Fevereiro, três correspondentes internacionais por trabalharem sem a acreditação da Comissão de Média e Informação (MIC).

Os três profissionais – Brian Latham, do “Times”, Angus Shaw, da AP e Jaan Raath, colaborador de vários jornais sul-africanos – enfrentam penas de prisão até dois anos se forem considerados culpados, mas a advogada de defesa, Beatrice Mtetwa, diz que a detenção constitui um “caso evidente de intimidação”.

Posição idêntica tem a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que criticou o governo de Robert Mugabe por desencadear “uma nova onda de intimidação e terror contra a comunicação social” poucas semanas antes das eleições de 31 de Março.

Igualmente preocupado com a situação está o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que condenou as intervenções das autoridades nos escritórios dos três correspondentes, primeiro por acusações de espionagem, depois em busca das acreditações e por fim para saber se um telefone satélite tinha licença.