Trabalhadores do “Público” em greve no dia 19 de Outubro

O Sindicato dos Jornalistas enviou ontem, 11 de Outubro, à Administração do “Público” e ao Ministério da Economia e Emprego um pré-aviso de greve de 24 horas a observar pelos jornalistas e outros trabalhadores no próximo dia 19.

A paralisação foi decidida na anteontem em plenário de trabalhadores ao serviço do “Público”, integrado na holding Sonaecom, do poderoso grupo Sonae, como forma de luta contra a intenção da empresa de proceder ao despedimento colectivo abrangendo 48 trabalhadores, intenção essa que o SJ repudiou imediatamente.

O pré-aviso de greve é do seguinte teor:

PRÉ-AVISO DE GREVE

Ao Conselho de Administração da Empresa PÚBLICO – Comunicação Social, SA

Ao Ministério da Economia e do Emprego

Nos termos e para os efeitos previstos nos Arts. 530.º, 531.º, n.º 1 e 534.º da Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro, o Sindicato dos Jornalistas informa que os trabalhadores ao serviço da Empresa PÚBLICO – Comunicação Social, SA entram em greve a partir das 00h00 de 19 de Outubro de 2012 pelo período de 24 horas.
Esta greve é uma forma de luta e de protesto contra:
– a intenção da Empresa de proceder ao despedimento colectivo abrangendo 48 trabalhadores, com graves consequências pessoais, profissionais e familiares;
– a intenção da Empresa de reduzir drasticamente a capacidade de trabalho do “Público”, comprometendo seriamente o seu desempenho, tanto na edição impressa como nas suas versões electrónicas, com previsíveis efeitos negativos no seu futuro;
– a previsão de consequências ainda maiores na vida dos trabalhadores e das suas famílias, tendo em conta o desinvestimento que tais medidas representam.
E em defesa
– do jornal “Público” como referência fundamental no panorama da Imprensa em Portugal, que importa preservar, valorizar e relançar com firmeza e determinação; e
– dos postos de trabalho, não só como direito legítimo de todos os trabalhadores ao serviço da Empresa, no plano imediato, mas também como condição para preservar e valorizar o “Público”, no futuro.
A natureza da greve em causa não exige a definição dos serviços necessários à segurança e manutenção de equipamentos e instalações.

Lisboa, 11 de Outubro de 2012

A Direcção do SJ

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