Trabalhadores da Lusa pedem à tutela que valorize a Agência

Comissão de Trabalhadores, Conselho de Redação e Sindicato dos Jornalistas entregaram carta ao ministro da Cultura.

Os trabalhadores da Agência Lusa entregaram uma carta ao ministro da Cultura, que tutela a comunicação social, que chama a atenção para as “necessidades prementes e urgentes da Agência, sujeita a asfixia financeira e refém de cativações burocráticas”.
A carta – que foi entregue na quinta-feira, no decurso da inauguração de um novo espaço de convívio e refeições para os trabalhadores da Agência – assinala que “a quantidade e a qualidade do trabalho da Lusa têm sido afetadas por uma tutela bicéfala (Cultura e Finanças) que se tem traduzido em respostas demoradas a pedidos de contratação e investimento”.
Os trabalhadores da Lusa recordam que “a contínua saída – e sucessivamente adiada substituição, por atraso na resposta da tutela – de jornalistas do quadro, bem como de correspondentes das redes nacional e internacional, tem impacto na gestão diária e no funcionamento global da agência”.
Na opinião dos trabalhadores, “o contrato de serviço público não está a ser cumprido como podia, e devia, caso o investimento na Agência fosse outro” e “a cobertura de todo o território nacional e no estrangeiro precisa de ser reforçada”.
Sublinhando que “a redução da capacidade redatorial da agência portuguesa e da sua rede de jornalistas enfraquece a democracia”, os três organismos frisam que “os trabalhadores que mantêm a Agência a funcionar estão sobrecarregados e, naturalmente, desmotivados, sem progressão de carreira à vista” e ainda que “a modernização da Lusa, adaptando-a à era do digital, está por fazer”.
Os três órgãos representativos dos trabalhadores consideram ainda “urgente resolver a situação das quatro dezenas de trabalhadores precários que sustentam as redes nacional e internacional da Lusa e apresentaram requerimentos no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP)”, que, recordam, “ainda não tiveram oportunidade de defender os seus casos perante a Comissão de Avaliação Bipartida do Ministério da Cultura”.

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