Telegraph quer despedir jornalistas para comprar rotativas

A administração do grupo de comunicação britânico Telegraph anunciou a 4 de Fevereiro que vai despedir 90 jornalistas. O pretexto invocado é a necessidade de poupar 150 milhões de libras para comprar novas rotativas.

O grupo detido pelos irmãos Barclay propõe-se igualmente aumentar o “Daily Telegraph” em oito páginas, pretendo que esse trabalho seja levado a cabo com menos 17 por cento do pessoal.

Em reacção, os delegados do Sindicato Nacional de Jornalistas britânico (NUJ) deram três dias ao Telegraph para recuar nas suas intenções, caso contrário os jornalistas partem para a greve.

O secretário-geral do NUJ, Jeremy Dear, queixa-se de que “os administradores rasgaram os procedimentos acordados”, dado que ainda não consultaram o sindicato a propósito dos despedimentos, conforme o estipulado no acordo de empresa.

Este acordo de empresa foi concluído apenas em 2004, depois de uma longa batalha do NUJ para ser reconhecido formalmente como representante dos jornalistas no Telegraph. Na altura, os trabalhadores conseguiram um aumento de três por cento nas negociações salariais.

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