Suplemento de jornal suspenso na China

A direcção do diário chinês “Zhongguo Qingnian Bao” suspendeu a 25 de Janeiro a publicação do suplemento semanal “Bing Dian”, sem que fosse dada qualquer explicação ao editor, Li Datong, ou aos 13 jornalistas que trabalhavam no suplemento.

Esta suspensão acontece após dois anos de tensão entre Li Datong e a Liga Jovem Comunista, proprietária do título, que não apreciou as críticas públicas do editor aos novos critérios impostos aos jornalistas e ao condicionamento das promoções e aumentos com base nas considerações emitidas pelo departamento estatal de Publicidade (antigo Departamento de Propaganda).

Além da suspensão do suplemento – criado em 1995 e que era bastante popular devido ao seu jornalismo de investigação e análise crítica dos problemas sociais – foi também bloqueado o fórum de discussão do “Bing Dian” na Internet – alegadamente por motivos técnicos.

Três anos de prisão para Li Changqing

O jornalista Li Changqing foi condenado, no dia 24 de Janeiro, a três anos de prisão por um tribunal de Fuzhou, no Sul da China, acusado de “difundir informação falsa e alarmista” no sítio Internet Boxun News.

“Esta é uma punição terrivelmente injusta para um jornalista que não cometeu qualquer crime”, afirmou Ann Cooper, directora-executiva do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), exigindo a libertação imediata e incondicional de Li Changqing, que segundo o seu advogado está a ser vítima do apoio manifestado ao informador Huang Jingao, que revelou escândalos de corrupção no seio do Partido Comunista Chinês.

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