A activista da liberdade de imprensa Supinya Klangnarong e quatro jornalistas do “Thai Post” foram ilibados pelo Tribunal Criminal de Banguecoque das acusações de difamação que haviam sido interpostas pela Shin Corp, um gigante tailandês de telecomunicações que até há pouco tempo pertencia à família do primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.

O tribunal considerou, a 14 de Março, que Supinya Klangnarong actuou de boa-fé e em prol do bem público e disse que as empresas, tal como as figuras públicas, devem estar abertas a críticas sempre que estas se façam com base no interesse público.

Há algumas semanas os advogados da Shin Corp – agora propriedade da Temasek Holdings, de Singapura – tentaram alcançar um acordo extra-judicial com Supinya Klangnarong, mas esta recusou-o, o que os levou a tentar retirar as queixas pouco antes do veredicto ser lido, o que também não conseguiram por recusa dos arguidos.

Em reacção ao desfecho judicial, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) diz esperar que ele convença o primeiro-ministro a descriminalizar a difamação, ao passo que o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) conta que a decisão do tribunal ajude a diminuir o número de processos de políticos e empresários tailandeses contra jornais e jornalistas, os quais têm criado uma cultura de autocensura em muitas publicações.