A Alta Comissão da República do Sri Lanka em Ottawa, no Canadá, impôs como condição para conceder visto de entrada no país ao jornalista Steve Schmit, da Global TV, que este assinasse uma “carta de acordo” limitadora do documentário sobre os esforços de reconstrução pós-tsunami que este pretendia fazer.

Dessa carta constava a necessidade de, antes de abandonar o Sri Lanka, submeter à autorização da National Film Corporation/Sri Lanka Rupavahini Corporation todas as filmagens obtidas, e a apresentação, uma semana antes da transmissão, da versão final do programa à representação cingalesa no Canadá, para que fosse possível encontrar um espaço para uma eventual resposta oficial a material presente no documentário.

Indignado, o jornalista escreveu à organização cingalesa Free Media Movement (FMM), que considerou as condições impostas pelas autoridades do Sri Lanka como inaceitáveis e incompreensíveis, uma vez que não existiram durante a maior parte do conflito armado no país e estão agora a ser aplicadas à cobertura da recuperação pós-tsunami.