Solidariedade entre jornalistas é essencial para futuro da classe

As lutas globais pela segurança, por condições de trabalho dignas e por um jornalismo de qualidade apenas podem ser ganhas se os jornalistas se unirem na defesa dos seus direitos, sublinhou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

No âmbito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a FIJ incitou à renovação da solidariedade entre jornalistas em todo o mundo, como forma de combater as ameaças que a comunicação social enfrenta, e Jim Boumelha, presidente da Federação, salientou que o jornalismo “está no coração da luta pela democracia e os direitos humanos”.

A FIJ frisou ainda que o futuro do jornalismo não vai ser garantido por “promoção política encapotada, por tentativas de iludir os média ou pelos cortes orçamentais”.

Afirmando a solidariedade com os profissionais da comunicação na China, Paquistão, Rússia, México e Iraque, Jim Boumelha defendeu que as pontes entre jornalistas são fundamentais para fortalecer a classe e a profissão e garantiu que “onde quer que exista divisão e discórdia, os inimigos da liberdade de imprensa vão prosperar”.

Na Europa, a mensagem foi reforçada por Arne Konig, da FEJ, para quem “um jornalismo de qualidade, fundamental para a democracia, apenas pode ser conseguido quando os jornalistas têm as devidas condições de trabalho e vêem o seu papel respeitado”.

A responsável da Federação Europeia de Jornalistas apontou como problemas que continuam a afectar a classe: a pressão para a revelação de fontes confidenciais, a interferência política e o impacto da crise económica nos média, onde os proprietários dos órgãos de comunicação têm imposto cortes orçamentais devastadores.

Partilhe