Em três ocasiões distintas durante o mês de Abril, jornalistas foram alvo de ataques de soldados israelitas em Nablus, na Cisjordânia, denuncia o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ.

A primeira agressão data de 17 de Abril, quando soldados dispararam contra um grupo de operadores de câmara e fotógrafos que cobriam um raide israelita a uma casa na parte velha de Nablus e confrontos entre os militares e jovens que lhes atiravam pedras, não obstante os jornalistas estarem identificados com coletes fluorescentes onde se lia a palavra “Press”.

Apesar de estar devidamente identificada como sendo da imprensa, a viatura em que seguiam Abdel Rahim Qusini e Hassan Titi, da Reuters, Nasser Ishtayeh e Abdal Ruhman Khabeisa, da Associated Press, e Jaffar Ishtayeh, da Agence France-Presse, foi também alvo de disparos israelitas.

Cinco dias mais tarde, a 22 de Abril, Ashraf Abu Shaweesh, operador de câmara ao serviço da Reuters, foi atingido por balas de borracha na perna e no peito quando filmava confrontos entre manifestantes palestinianos e o exército israelita. Momentos antes, o jornalista tinha estado a discutir com um soldado israelita.

Por fim, a 25 de Abril, um grupo de jornalistas palestinianos que tentava acompanhar uma acção de despejo do exército israelita foi alvo de uma tentativa de atropelamento por parte de um soldado israelita, o qual pegou num jipe e acelerou na direcção dos repórteres, que se viram forçados a sair da estrada.

O CPJ, alarmado com o crescente número de ataques a jornalistas, insta o exército de Israel a levar a cabo “investigações credíveis” às ocorrências e a punir os responsáveis.