SJ solidário com jornalistas da agência de notícias Stand News de Hong Kong

O jornal digital Stand News, de Hong Kong, vai encerrar depois da polícia ter invadido, esta quarta-feira, a redação desta agência de notícias online pró-democracia. As autoridades detiveram seis pessoas entre elas a cantora e ativista Denise Ho, pertencente à administração do jornal, e o editor-chefe da agência, Patrick Lam.

 A polícia apresentou um mandado que ao abrigo da lei de segurança  nacional, imposta por Pequim em 2021, permite apreender artigos jornalísticos sob a acusação de  “publicação sediciosa”.

A associação de Jornalistas de Hong Kong já pediu ao Governo do território para proteger a Lei de Imprensa.

A Stand News é a segunda empresa de comunicação social de Hong Kong a ser visada pelas autoridades. Em junho, o jornal Apple Daily foi obrigado a fechar e os seus responsáveis detidos ao abrigo da lei de segurança nacional.

A 9 de Dezembro deste ano, o seu proprietário, o magnata da comunicação social de Hong-Kong, Jimmy Lai,  foi condenado a várias penas de prisão pelo envolvimento em protestos antigovernamentais em 2019.

Foi também acusado de crimes  de secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras.

Esta foi a primeira vez que opiniões políticas publicadas por um órgão de comunicação social de Hong Kong levaram a um processo judicial. 

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) sublinha as declarações do coordenador do programa para a Ásia da Comissão de Proteção de Jornalistas, Steven Butler, que considera que esta ação foi “um verdadeiro assalto à já dilacerada liberdade de imprensa de Hong Kong”.

O SJ está solidário com os jornalistas da redação da agência Stand News e manifesta a sua preocupação pelos ataques contra a imprensa livre naquele território. 

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