SJ saúda adesão à greve na Controlinveste

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) saúda calorosamente os níveis de participação na greve realizada hoje pelos jornalistas ao serviço dos jornais “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias”, “O Jogo”, da revista “Notícias Magazine” e da TSF.

Em comunicado que a seguir se transcreve na íntegra, o SJ dá conta de participação dos jornalistas na jornada de luta, “tendo em conta os dados (provisórios) apurados relativos ao número de profissionais que, no dia de hoje, estaria ao serviço”.

No documento, o SJ apela à Administração da Controlinveste para que “recue na sua intenção de prosseguir o despedimento colectivo, e exorta os jornalistas e restantes trabalhadores e aprofundarem a unidade em torno da defesa dos postos de trabalho e do futuro do JN, do DN, da NM, da TSF e da Global Imagens”.

Comunicado

SJ saúda adesão à greve na Controlinveste

1. Os jornalistas ao serviço dos jornais “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias”, “O Jogo”, da revista “Notícias Magazine” e da TSF cumpriram, hoje, um dia de greve em protesto contra o despedimento de 66 camaradas desencadeado pela Administração do Grupo Controinveste Conteúdos, alcançando níveis de participação que a Direcção do Sindicato dos Jornalistas saúda calorosamente.

2. Respondendo apenas pela participação dos jornalistas na jornada de luta, e tendo em conta os dados (provisórios) apurados relativos ao número de profissionais que, no dia de hoje, estaria ao serviço (excluindo, portanto, os que se encontram em folga, férias ou várias formas de dispensa), o SJ está em condições de informar o seguinte:
a) Na Redacção-sede da TSF, não trabalharam 78% dos jornalistas que estavam ao serviço nos quatro turnos, tendo atingido os 100% no segundo turno e 80% no terceiro. Os efeitos da paralisação foram muito evidentes na emissão ao longo do dia, afectando especialmente os noticiários, inclusivamente com a supressão dos noticiários das meias horas e vários programas.
b) Na Redacção-sede do “Jornal de Notícias”, não trabalharam 34% dos jornalistas que estavam ao serviço; enquanto na Redacção de Lisboa do JN não compareceram 60% dos camaradas nas mesmas condições. Foram especialmente afectadas as secções de Segurança e JNOnline
c) Na Redacção-sede do “Diário de Notícias”, não compareceu pelo menos um terço dos jornalistas, sendo especialmente atingidas as secções e áreas editoriais de Sociedade, Segurança e Cidades, Política, Desporto e Multimedia (incluindo o DN online).
d) Na revista “Notícias Magazine”, a adesão dos jornalistas que estavam em serviço, descontando a directora, foi total.
e) Na Global Imagens, nenhum dos repórteres que estava em serviço na Redacção-Porto trabalhou e na de Lisboa trabalharam apenas dois.
f) Na redacção Porto “Dinheiro Vivo” a paralisação foi de dois terços.

3. Além dos resultados referidos e da participação dos jornalistas na paralisação, a Direcção do SJ recolheu inúmeros testemunhos de protesto e de indignação de outros camaradas que, por várias razões, entenderam não aderir hoje, mas que exigem que a Administração da Controlinveste suspenda o processo de despedimento colectivo.

4. A paralisação de hoje encerra uma jornada de luta e de defesa dos direitos dos jornalistas – e da qualidade do Jornalismo e do pluralismo informativo – iniciada na passada segunda-feira com uma vigília simultânea em Lisboa e no Porto e que prosseguiu com reuniões de informações e negociações, na terça, quarta e quinta-feira, entre os representantes dos trabalhadores e as empresas Global Notícias, TSF e Global Imagens, do Grupo Controlinveste.

5. Realizando-se, na próxima semana, uma nova ronda de reuniões, o SJ apela à Administração da Controlinveste para que recue na sua intenção de prosseguir o despedimento colectivo, e exorta os jornalistas e restantes trabalhadores e aprofundarem a unidade em torno da defesa dos postos de trabalho e do futuro do JN, do DN, da NM, da TSF e da Global Imagens.

Lisboa, 11 de Julho de 2014

A Direcção

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