O Sindicato dos Jornalistas (SJ) apela a que sejam urgentemente resolvidos os problemas de acesso dos profissionais de comunicação social à audiência do julgamento do caso de Pedrógão Grande, que esta segunda feira se iniciou em Leiria.

O SJ lamenta a postura da juíza encarregada do processo, que não acautelou as condições necessárias para que os jornalistas pudessem desempenhar a sua função com dignidade. O caso em julgamento é público e tem de lhe ser garantida a devida publicidade, o que não aconteceu com a decisão da juíza ao permitir apenas quatro jornalistas na sala de audiência por ordem de chegada.

Só depois do SJ ter recorrido ao Conselho Superior de Magistratura (CSM) foi disponibilizada uma sala contígua à de audiência para os profissionais de comunicação social. Uma solução que só foi conseguida pela compreensão de uma outra juíza que aceitou ceder este espaço. Nesta sala, equipada com televisão, os jornalistas podem seguir os trabalhos do julgamento em áudio, mas não através de imagem.A situação é, de facto, complicada, uma vez que, sem imagem é impossível identificar quem fala e a solução de perguntar a quem está na sala de audiências é passível de gerar erros.

O SJ não compreende a postura da juíza responsável pelo julgamento do caso de Pedrógão Grande, na medida em que se recusa a dar condições dignas aos jornalistas para que estes possam desempenhar a sua função de Informar.

O SJ vai fazer uma queixa à Provedora de Justiça e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e vai ainda expor o caso ao Juiz Presidente do Tribunal de Leiria, uma vez que sendo uma questão logística a mesma podia ser resolvida por ele próprio, sem prejuízo de interferir na soberania da juíza titular do processo.