O Sindicato dos Jornalistas (SJ) foi hoje recebido, a seu pedido, pelo presidente do PSD, Rui Rio, a quem traçou o retrato das crescentes debilidades da comunicação social a nível nacional e regional e informou sobre um conjunto de propostas para o futuro da comunicação social que depositou junto do Presidente da República, da Assembleia da República e do Governo em dezembro.
Na audiência, na sede do Partido Social-Democrata no Porto, o SJ alertou para a fragilidade do setor, agravada com a pandemia, e para a ausência de medidas de apoio extraordinárias no sentido de proteger e reforçar um jornalismo livre e independente, pilar fundamental de uma sociedade democrática.
O Sindicato dos Jornalistas recordou que o setor não teve qualquer ajuda do Estado durante a pandemia e frisou que os 15 milhões de euros anunciados para a comunicação social em abril não só não são um apoio extraordinário, uma vez que a verba estava já definida para compra de publicidade institucional, como acabaram por não funcionar como apoio de urgência, uma vez que, quase seis meses volvidos desde que foi anunciada a medida, praticamente não chegou ao terreno.
O presidente do PSD reconheceu que uma comunicação social responsável e imparcial é um pilar fundamental de uma democracia sólida e defendeu a necessidade de uma regulação que efetivamente fiscalize e sancione as violações do Código Deontológico dos Jornalistas, assegurando que o PSD está disponível para debater propostas de aperfeiçoamento do ordenamento jurídico existente, no sentido de “credibilizar o jornalismo”.
A crise dos media, que já não era nova, agravou-se nos últimos meses com a pandemia de Covid-19.
O SJ entende que o exercício livre do jornalismo não pode ser dissociado da solidez e independência financeira das empresas de comunicação social e dos profissionais que o garantem.