SJ questiona administração da Masemba sobre salários em atraso e contratos de trabalho

Sindicato recebeu denúncia coletiva e já está a acompanhar duas trabalhadoras associadas.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) questionou a administração da editora Masemba depois de ter recebido uma denúncia “acerca das ilegalidades e situação precária dos trabalhadores” da empresa, que publica, entre outras, as revistas Lux, Lux Woman e Lux Deco.
A denúncia, enviada ao SJ na terça-feira, foi elaborada pelo conjunto dos trabalhadores que já estão com suspensão do contrato de trabalho na Masemba, de que é sócio maioritário, através da sociedade de capital de risco Erigo VII, José Eduardo Paulino dos Santos, filho do ex-presidente angolano. A produtora Até ao Fim do Mundo, Lda. detém 25% e Tito Z. Medonça (com 16%) e Sérgio Valentim Neto (com 7%) detêm o restante capital.
Realçando a importância de denunciar estas situações publicamente, o SJ já pediu à administração da Masemba uma reunião para obter esclarecimentos sobre a situação da empresa, nomeadamente no que respeita ao pagamento de salários e aos contratos de trabalho.
O SJ foi informado pelos trabalhadores que enviaram a denúncia de que se verificam atrasos de três meses no pagamento de salários, de que “decorre um período de incumprimentos a vários níveis, com injunções e credores a exigirem os pagamentos em falta” e de que a Masemba iniciou, a 21 de maio, um Plano Especial de Revitalização (PER), relativo a uma dívida de cerca de 670 mil euros.
O SJ já contactou igualmente as duas associadas que trabalham para o grupo e que estão já a ser acompanhadas pelo gabinete jurídico, por motivos de salários em atraso e suspensão de contratos de trabalho.

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