SJ lamenta a morte de João Isidro

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) lamentou hoje, 7 de Julho, a morte do seu antigo presidente João Isidro, sublinhando o seu papel na defesa dos direitos e interesses dos jornalistas portugueses, especialmente na consagração legal do direito de autor destes profissionais.

Em comunicado, a Direcção do SJ considera que se deve a João Isidro muito do êxito alcançado com a aprovação por unanimidade, no final de 1998, da lei de revisão do Estatuto do Jornalista. Por outro lado, destaca o seu empenhamento na defesa das causas e das ideias em que acreditava.

É o seguinte o teor do comunicado da Direcção:

1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas comunica, com profundo pesar, a morte do seu antigo presidente João Isidro, ocorrida hoje.

2. João Isidro, que tinha 58 anos, exerceu as funções de presidente da Direcção entre 1998 e 2000, tendo sido membro do Conselho Geral no mandato seguinte, eleito em lista por si encabeçada.

3. Como presidente da Direcção do SJ, João Isidro desempenhou importantes missões na defesa dos direitos e interesses dos jornalistas e dos cidadãos, tendo-se empenhado especialmente na causa dos direitos de autor.

4. Com efeito, a João Isidro se deve muito do êxito alcançado com a aprovação, por unanimidade, da Lei n.º 1/99, de 13 de Janeiro (revisão do Estatuto do Jornalista), a qual consagrou, pela primeira vez, o direito de autor dos jornalistas.

5. Por outro lado, foi o obreiro de uma importante conferência internacional sobre o tema “O conteúdo dos direitos de autor direito dos jornalistas na era da globalização”, realizada pelo SJ em Março de 1999.

6. Prestando a João Isidro homenagem sincera, a Direcção do SJ releva sobretudo o seu empenho na defesa das causas e das ideias que acreditava serem as melhores e as mais justas.

7. João Isidro nasceu em 2 de Abril de 1950 em Lisboa, tendo frequentado a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Sócio do SJ com o número 692, foi redactor permanente da revista “O Tempo e o Modo”, entre 1971 e 75, tendo iniciado a carreira profissional no semanário “Expresso”, em 1973”, onde permaneceu até 1977. Trabalhou depois na ANOP e colaborou na revista “Opção”, passando pelo diário “A Capital”, Rádio Comercial, semanário “Tempo”, revistas “Nova gente”, “Hermes” e “Exportar”, diário “O Século”, revista “Vida Mundial”, “Diário de Lisboa”, revistas “Exame”, “Clube dos Empresários” , “Portugal Gastronómico” , “Fortuna”, “Portuguese Focus” e “Agenda Cultural” da Câmara Municipal de Lisboa. Como freelancer, colaborou ocasionalmente como o semanário “Tal & Qual” e a revista “Bilateral”, entre outras publicações. Foi o chefe de Redacção do jornal “Passapalavra”. Como ficcionista publicou “Proscritos à Sobremesa”, em 1997 (Hugin).

8. O corpo de João Isidro vai estar em câmara ardente no Grémio Lusitano, em Lisboa, a partir do fim da tarde de hoje. O funeral realiza-se amanhã, pelas 16h30, para o Cemitério dos Olivais.

Lisboa, 7 de Julho de 2008

A Direcção

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