SJ inquieto e apreensivo com processos disciplinares a dois jornalistas da RTP

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) acompanha com preocupação as notícias vindas a público nas últimas semanas sobre a RTP, nomeadamente os processos disciplinares instaurados a dois jornalistas do Centro de Produção do Norte, em Vila Nova de Gaia, que no caso da associada do SJ terá culminado numa queixa de assédio moral contra a empresa.

O SJ inquieta-se com a forma e a argumentação usadas na instauração dos referidos processos aos jornalistas, segundo o que veio a público, manifesta apreensão com o caminho que os casos estão a seguir e interroga-se se estarão a ser justamente tratados os jornalistas Inês Gonçalves e Hugo Cadete.

Há cerca de um mês, o SJ pediu uma reunião ao Conselho de Administração da RTP para discutir este assunto, mas não obteve resposta até agora. Em face do que foi tornado público nos últimos dias, reforçamos junto do Conselho de Administração (CA) da RTP a necessidade de encontrar um espaço na agenda para receber os representantes dos jornalistas. Acreditamos que, através do diálogo, se possa obter o esclarecimento das situações denunciadas na Comunicação Social em relação ao ambiente na RTP Porto e que se possam encontrar pontos de convergência que levem a uma solução.

Não está em causa a legitimidade da empresa em instaurar processos disciplinares, como é evidente, desde que cumpra as regras, tanto as da legislação em vigor como as da urbanidade e cordialidade entre as partes. Tendo em conta que os casos chegaram ao domínio público, dando sinais de que os procedimentos não terão sido os mais corretos, nomeadamente do ponto de vista das relações humanas e da boa-fé, o SJ entende que é fundamental que o Conselho de Administração da RTP se manifeste e clarifique a forma como foram instaurados os processos disciplinares aos jornalistas em causa.

 

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