SJ denuncia atrasos no pagamento das indemnizações na GMG

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) foi informado de que o Global Media Group (GMG) não cumpriu o que acordou com alguns dos trabalhadores que foram alvo do mais recente despedimento coletivo.

 

Esse acordo implica o pagamento faseado (mensal) da  indemnização por cessação do contrato o que, em alguns casos,  não aconteceu este mês.

 

Até ao momento não foi dada qualquer justificação aos lesados para a falta de pagamento, sendo que a empresa não teve sequer o cuidado de os contatar previamente a avisar do “atraso”, o que tratando-se de desempregados, na sua maioria a passar por graves dificuldades financeiras, é, além do mais,  deplorável.

 

Esta situação grave junta-se a uma outra, denunciada pelo SJ a 27 de Abril, relativamente à falta de pagamento de remunerações aos colaboradores do grupo. 

 

Ainda antes destes incumprimentos, o GMG anunciou que em face da quebra de faturação ocorrida nos meses de Janeiro e Fevereiro, iria recorrer ao Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva,  através de reduções do PNT, o que para além de confirmar um cenário de grande dificuldade financeira, na ótica do Sindicato, vai comprometer, necessariamente, a qualidade do jornalismo praticado, principalmente nas redacções dizimadas pelo último despedimento colectivo.

 

As preocupações com esta possibilidade, a par dos problemas de tesouraria, levaram o SJ e os delegados sindicais do JN, DN, TSF e O Jogo a solicitar uma reunião urgente à administração do grupo.

O SJ aguarda ainda a marcação de uma data e os delegados sindicais não receberam qualquer resposta. 

 

O SJ lembra que o empresário Marco Galinha tornou-se acionista e presidente do conselho de administração do GMG há cerca de seis meses. Na altura, anunciou , em várias entrevistas, planos de investimento para o grupo e para os seus trabalhadores, mas que até à data, e sem qualquer explicação adicional, não se verificaram.

 

Na última entrevista dada, o mesmo Administrador dá nota, aliás, de um cenário de grande dificuldade.

 

Ora o SJ estranha o volte-face no discurso do administrador, e exige ser informado da real situação financeira da empresa, exige saber se os planos de investimento anunciados vão ser concretizados, e classifica de grave o protelar no agendamento de reuniões com os seus representantes dos trabalhadores, por gerador de um ambiente de trabalho de insatisfação e muita insegurança.

 

O SJ entende que urge à administração do GMG dar uma explicação cabal sobre a real situação do GMG. 

 

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