SJ contra despedimentos no “Expresso”

O Sindicato dos Jornalistas repudia a intenção da Administração da Impresa Publishing de despedir quatro jornalistas ao serviço do “Expresso” e acusa a empresa de pretender levar a cabo um despedimento colectivo a coberto da alegação de extinção de postos de trabalho.

Em comunicado divulgado ao final da tarde de hoje, dia 19, o SJ, que está a prestar todo o apoio aos camaradas abrangidos por mais esta ofensiva, discorda dos fundamentos e dos critérios invocados para o despedimento e anuncia que, para além de outras medidas, vai pedir a intervenção inspectiva urgente da Autoridade para as Condições de Trabalho, a fim de que sejam salvaguardados todos os direitos e garantias dos seus representados.

É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:

SJ repudia despedimento no “Expresso”

1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas repudia firmemente o despedimento de quatro jornalistas ao serviço do jornal “Expresso” que a Administração da Impresa Publishing pretende fazer através da extinção dos respectivos postos de trabalho, invocando argumentos e critérios inaceitáveis e que podem pôr em causa o futuro da própria empresa.

2. Nas comunicações entregues aos jornalistas, a empresa invoca a situação económica e argumenta com a necessidade de redimensionar os postos de trabalho na Redacção da versão do jornal em linha – reduzindo de quatro para três o número de redactores e extinguindo a secção de fotografia e vídeo (dois profissionais) – e da secção de reportagem fotográfica do “Expresso”.

3. Além de inaceitáveis do ponto de vista dos direitos dos jornalistas abrangidos, tais decisões comprometem seriamente a capacidade editorial do jornal nas suas duas versões, sendo mesmo contraditórias com o propósito de desenvolvimento e valorização do digital e até com a intenção de este socorrer-se mais dos recursos da secção de reportagem fotográfica.

4. Por outro lado, há casos de persistente intenção da empresa de dirigir a sua escolha dos jornalistas a despedir para os casos de resistência a abordagens anteriores, sob a conhecida forma das chamadas “rescisões amigáveis”, designadamente nos processos de redução de pessoal de há cerca de dois anos e no Outono passado, mantendo-os assim numa lista negra de dispensáveis a todo o custo.

5. O SJ, que considera estar perante um despedimento colectivo e não um processo de extinção de postos de trabalho e discorda dos fundamentos e dos critérios invocados, está a prestar todo o apoio aos camaradas abrangidos por mais esta ofensiva. Assim, não deixará de usar todos os meios ao seu alcance e vai pedir a intervenção inspectiva urgente da Autoridade para as Condições de Trabalho, a fim de que sejam salvaguardados todos os direitos e garantias dos seus representados.

6. A Direcção do SJ apela à unidade de todos os jornalistas ao serviço do grupo Impresa na defesa dos postos de trabalho de todos e para que não se deixem intimidar por processos como este e, com o apoio do seu Sindicato, exijam às administrações a negociação de alternativas aos despedimentos.

Lisboa, 19 de Abril de 2013

A Direcção

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