SJ condena discriminação de jornalista do “Maisfutebol” pelo Sporting

A Direcção de Comunicação do Sporting impediu este domingo, 4, a participação de uma jornalista do “Maisfutebol” na conferência de imprensa de Domingos Paciência, na Academia de Alcochete. O Sindicato dos Jornalistas (SJ) repudia o ocorrido e insta as autoridades competentes a agir de forma exemplar de modo a prevenir a reptição de tais situações.

Em comunicado divulgado esta noite – e que a seguir se transcreve na íntegra – o SJ condena mais esta discriminação contra um jornalista levada a cabo por um clube de futebol, e “reitera o apelo que desde sempre faz em relação a situações desta gravidade – o apelo à solidariedade entre camaradas de profissão e órgãos de informação, no combate activo à discriminação no acesso à informação”.

SJ repudia discriminação de jornalista do “Maisfutebol” em conferência de imprensa do Sporting

1. O Sindicato dos Jornalistas condena energicamente a atitude da Direcção de Comunicação do Sporting de impedir a participação de uma jornalista do “Maisfutebol” na conferência de imprensa de Domingos Paciência, no domingo, 4, na Academia de Alcochete.

2. De acordo com uma notícia do “Maisfutebol” datada de domingo e veiculada pelos sítios electrónicos de várias publicações, a jornalista destacada para a conferência de imprensa foi impedida de entrar nas instalações pelos seguranças de serviço. A ordem para excluir a jornalista – alegaram – foi dada pela «Direcção de Comunicação», tendo o controlo dos jornalistas sido feito a partir de uma lista de “convidados”.

3. O SJ repudia esta discriminação, a todos os títulos ilegítima, pois constitui um atentado à liberdade de informação que deve ser devidamente punido, e saúda a decisão, entretanto anunciada, da Direcção do “Maisfutebol” de apresentar uma queixa formal junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

4. O SJ denuncia e condena quaisquer práticas discriminatórias, cujo objectivo mais não visa do que afastar jornalistas que o clube considere indesejável. E não vale a pena apelidar enfemisticamente de ‘encontro com..’ aquilo que é uma conferência de imprensa e, como tal, um acto público.

5. Tendo em consideração que esta não é a primeira vez que um jornalista – designadamente do “Maisfutebol – fica à porta das instalações de um clube desportivo, o SJ insta veementemente as autoridades competentes a agir de forma exemplar de modo a prevenir a repetição de tais situações.

6. Por outro lado, o SJ reitera o apelo que desde sempre faz em relação a situações desta gravidade – o apelo à solidariedade entre camaradas de profissão e órgãos de informação, no combate activo à discriminação no acesso à informação.

7. Em situações como esta, os jornalistas a quem seja reconhecido o “privilégio” do acesso aos eventos devem agir em imediata solidariedade para com os discriminados e bater-se pelo acesso de todos em pé de igualdade, devendo recusar-se a cobrir acontecimentos onde tal garantia não se verifique.

Lisboa, 04 de Dezembro de 2011

A Direcção

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