SJ condena ataque a jornalistas e exorta Governo a agir

A Direção do Sindicato de Jornalistas condena veementemente o ataque de forças israelitas a jornalistas da RTP a reportar desde a Palestina, e insta o Governo português a pronunciar-se no mesmo sentido. Os disparos desta sexta-feira, que atingiram um carro transportando jornalistas portugueses a entrar na cidade de Jenin, na Cisjordânia, torna ainda mais urgente a suspensão imediata do acordo de associação entre a União Europeia e Israel, conforme pedido por 60 associações sindicais e organizações europeias de jornalistas na semana passada.

Os jornalistas Paulo Jerónimo e João Oliveira – que felizmente saíram ilesos do ataque – e relatam que os soldados israelitas “disparam para tudo o que se tenta aproximar da entrada na cidade”, alvejando profissionais de informação sem qualquer diálogo prévio. A campanha militar de Israel em Gaza, que agora se estende aos territórios ocupados da Cisjordânia, é a mais letal para jornalistas desde que há registo: mais de 100 profissionais foram mortos pelas forças israelitas.

A carta remetida ao Representante dos Assuntos Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Joseph Borrell, e ao vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, pelo Comité de Proteção aos Jornalistas e pela Federação Europeia dos Jornalistas, que o SJ subscreveu, exige a defesa da liberdade de imprensa e da segurança de jornalistas na Palestina ocupada, e a condenação dos “crimes das forças israelitas em Gaza”.

O SJ aguarda uma reação do Governo português aos disparos contra o veículo onde seguiam jornalistas portugueses que, felizmente, não resultou numa tragédia para os ocupantes.

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