SJ apela à participação dos jornalistas nas comemorações do 1.º de Maio

O Sindicato dos Jornalistas apela à participação dos jornalistas nas manifestações e outras iniciativas comemorativas do 1.º de Maio – Dia Internacional do Trabalhador. Em comunicado hoje divulgado, o SJ sublinha a actualidade do significado desta jornada, face à ofensiva contra os direitos dos trabalhadores.

“Hoje, 123 anos depois do primeiro pronunciamento internacional dos trabalhadores e 127 sobre a histórica e dramática greve de Chicago de 1 de Maio de 1886 em luta pela jornada de oito horas de trabalho, é preciso que os jornalistas saiam à rua, que tomem praças e avenidas em todo o país, as ruas, as praças e as avenidas onde milhares de trabalhadores festejam – e, festejando, lutam! – o 1.º de Maio, jornada de fraternidade e de compromisso de unidade entre todos os trabalhadores”, declara o SJ na sua habitual saudação ao 1.º de Maio.

O comunicado é do seguinte teor:

SJ saúda o 1.º de Maio e apela à participação nas manifestações

1. O Sindicato dos Jornalistas saúda o 1.º de Maio – Dia Internacional do Trabalhador, jornada de luta cujo significado histórico continua hoje bem actual, 123 anos volvidos sobre a sua celebração fundadora, com a realização, em 1 de Maio de 1890, de importantes manifestações em inúmeros países, com o grande objectivo da redução dos horários de trabalho para as oito horas diárias.

2. Apesar dos colossais progressos da ciência e da técnica e dos avanços tecnológicos que permitiram vertiginosos ganhos de eficiência nos processos produtivos absolutamente inimagináveis nesses tempos da dura Revolução Industrial, os trabalhadores portugueses – incluindo os jornalistas – estão hoje confrontados com um brutal retrocesso civilizacional no que respeita à duração e à penosidade da sua jornada de trabalho.

3. Entoando hinos hipócritas à modernidade, o patronato, servido por governos e parlamentares às ordens do capital, tem conseguido impor jornadas de trabalho mais longas e mal pagas, embaratecer os salários e subjugar os trabalhadores, ao mesmo tempo que as políticas financeiras, económicas e sociais e a obsessiva cegueira da austeridade destroem o tecido produtivo, aprofundam a ruína do país e empobrecem aceleradamente os trabalhadores, os reformados, os pensionistas e os desempregados.

4. É necessário opor a esta falsa modernidade a força inspiradora da luta de milhares e milhares de trabalhadores e sindicalistas, que, ao longo de duras décadas de luta e resistência, foram perseguidos, despedidos arbitrariamente, seviciados e até mortos, para que fosse possível que os trabalhadores pudessem ter horários comportáveis, direito a descanso semanal, férias e subsídio de férias, protecção na doença e no desemprego, pensões de reforma e de invalidez…

5. Hoje, mais do que nunca, é urgente lutar nas empresas e nas ruas, gritar basta de tirania! e enfrentar os tiranos, vencer os receios e o individualismo, unir criatividade, vontades e forças, reforçar os sindicatos, declarar a disponibilidade para o combate solidário, agir em unidade e apontar como programa essencial e imediato a recuperação de direitos confiscados e a consolidação dos direitos conquistados.

6. Hoje, 123 anos depois do primeiro pronunciamento internacional dos trabalhadores e 127 sobre a histórica e dramática greve de Chicago de 1 de Maio de 1886 em luta pela jornada de oito horas de trabalho, é preciso que os jornalistas saiam à rua, que tomem praças e avenidas em todo o país, as ruas, as praças e as avenidas onde milhares de trabalhadores festejam – e, festejando, lutam! – o 1.º de Maio, jornada de fraternidade e de compromisso de unidade entre todos os trabalhadores.

7. Nesse sentido, o Sindicato dos Jornalistas apela a todos os jornalistas, para que amanhã, dia 1 de Maio, se juntem às manifestações e outras iniciativas que as centrais sindicais e outras organizações sindicais promovem em todo o país, com especial destaque para as principais capitais de distrito.

Viva o 1.º de Maio!

Lisboa, 30 de Abril de 2013

A Direcção

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