A Federação de Sindicatos de Jornalistas espanhóis (FeSP, na sigla em castelhano), denunciou a 27 de Agosto o lamentável tratamento que alguns meios de comunicação têm feito do acidente aéreo de Barajas.

No documento, a FeSP lamenta que o trágico acidente “esteja a servir, uma vez mais, para que alguns meios de comunicação, sobretudo televisivos, recorram às piores práticas mediáticas para as disfarçar de informação e oferecer um espectáculo mórbido.”

Enquanto profissionais da informação, afirma a FeSP, “só podemos pedir desculpa às vítimas e aos seus familiares por estas actuações lamentáveis” em que o único objectivo é tentar “aumentar audiências com a dor alheia”.

Sublinhando que tais excessos não seriam possíveis sem a pressão dos responsáveis dos meios de comunicação, que são “quem impõe aos seus trabalhadores estas transgressões às normas deontológicas” da profissão, a FeSP reitera a “necessidade e urgência de uma lei que regule o direito dos cidadãos à informação, sem afectar outros direitos, e de um Conselho do Audiovisual de âmbito nacional”.