Sindicatos alemães querem novo acordo colectivo

Apesar da recusa dos editores germânicos em negociar um novo contrato colectivo, os sindicatos de jornalistas alemães DJV e Ver.di estão prontos a partir para a mesa de negociações, uma vez que nos últimos anos o valor real dos salários caiu nos departamentos editoriais.

Esta acção conta com o apoio da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), tendo o seu presidente, Arne König, afirmado que, se são os jornalistas quem fornece o talento e os recursos essenciais para a prosperidade da indústria, então eles devem receber condignamente pelo seu trabalho e ter boas condições laborais.

“A resposta não é procurar reduções de despesas à custa do bem mais precioso da indústria – o profissionalismo e o empenho de quem trabalha para fazer o melhor jornalismo possível. Isso só irá levar ao declínio e à ruína”, prognosticou a FEJ, apelando aos sindicatos de jornalistas de toda a Europa para que demonstrem o seu apoio aos colegas alemães.

Além desta situação geral, a FEJ destacou o caso dos jornalista do grupo WAZ na Alemanha, onde foi recentemente anunciada a intenção de proceder a cortes nas redacções, com vista a uma reestruturação.

“O momento é difícil para o sector, mas a solução não é fazer cortes que afectem directamente a qualidade do jornalismo. Essa é uma estratégia para o declínio quando se devia investir em construir média de qualidade em que o público possa confiar”, frisou Arne König, lembrando que a atitude alemã contradiz a da casa-mãe WAZ, que assinou um acordo com a FIJ para aumentar a qualidade do jornalismo em todo o grupo.

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