“As Narrativas da Crise e a Crise das Narrativas?” é o título de um encontro entre académicos e jornalistas que se realiza esta quarta-feira, dia 17, em Lisboa.

O seminário “As Narrativas da Crise e a Crise das Narrativas?”, agendado para quarta-feira, 17 de Fevereiro, em Lisboa, vai analisar as narrativas de uma das instituições da troika (o Fundo Monetário Internacional) e as narrativas de jornalistas económicos na imprensa portuguesa. O Sindicato dos Jornalistas participa na divulgação e vai estar representado por Ana Luísa Rodrigues e Paulo Martins.

Os trabalhos decorrem do auditório J. J. Laginha do ISCTE/Instituto Universitário de Lisboa, e a organização pertence ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. A entrada é livre, sendo necessária inscrição prévia.

Pelas 14h00, um painel moderado por José Castro Caldas apresentará as seguintes comunicações:

– “Crise, troika, austeridade: uma leitura das narrativas da crise a partir da análise linguística do discurso”, de Isabel Margarida Duarte e Alexandra Guedes Pinto;
– “O FMI e a experiência do ‘resgate’ português”, de Ana Costa;
– “A narrativa da austeridade na imprensa económica portuguesa”, de João Ramos de Almeida.

Às 15h00, intervêm, como comentadores, Ana Luísa Rodrigues (presidente em exercício da Direcção Nacional do Sindicato dos Jornalistas), Cunha Vaz, Helena Garrido, João Vieira Pereira, João Rodrigues, Nicolau Santos, Rita Espanha e Rita Figueiras. O debate que se segue será moderado por Paulo Martins, membro do Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas.

“O relato pode assumir a sua natureza ficcional ou pode reclamar para si um fundamento factual. Mas mesmo quando se designa como ‘narrativa’ um relato que reclama fundamento factual, não se está necessariamente a denunciar esse relato como uma efabulação”, resumem os organizadores. “Em qualquer caso nenhuma narrativa é neutra. Quem conta um conto não só acrescenta um ponto, como confere um sentido aos acontecimentos relatados.”