O Sindicato dos Jornalistas condena e repudia o ataque de que foi vítima uma equipa da CMTV durante uma reportagem nas festas de Samora Correia, no dia 1 de maio. Além das agressões físicas e verbais, foram também registados danos no equipamento. A direção do SJ está solidária com os jornalistas agredidos, com quem teve a oportunidade de falar para expressar solidariedade, disponibilizando apoio. Os ataques a jornalistas são inaceitáveis, muito mais intoleráveis numa sociedade democrática como a nossa, com 51 anos de liberdade de expressão e de opinião, para todas as pessoas.
As agressões a jornalistas são consideradas um crime público desde 2018, com uma moldura penal que pode chegar a quatro anos de prisão. Esperamos que se responsabilize devidamente quem protagonizou a agressão, já identificado pelas autoridades policiais após queixa dos jornalistas agredidos. Mesmo sendo crime público, o SJ considera importante que os jornalistas não deixem de apresentar queixa, minimizando a hipótese de que passem impunes situações de violência, sob pena de que se tornem numa perigosa e inaceitável “tendência”.
Um ataque a um jornalista é também um ataque à liberdade de imprensa, crime tipificado na nossa legislação. É preocupante o acumular de casos de agressão e coação a jornalistas em Portugal. A segurança dos jornalistas é crucial para o desempenho da sua profissão, consagrada na Constituição da República Portuguesa e considerada um pilar da democracia. O jornalismo é fundamental para o bem estar dos cidadãos, promovendo o escrutínio dos poderes públicos e privados, e contribuindo para a construção de uma sociedade mais equitativa e de uma democracia mais saudável.
