Sindicato condena agressões a jornalistas da CMTV

Um repórter e um repórter de imagem estavam em exercício da sua missão: informar. Situação registou-se na final da Supertaça Cândido de Oliveira, entre Benfica e Vitória de Guimarães, em Aveiro.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) condena as agressões de que foram alvo dois jornalistas da CMTV, um repórter e um repórter de imagem, considerando-as absolutamente inadmissíveis num Estado onde o direito à informação é constitucionalmente garantido.

É absolutamente reprovável que dois cidadãos sejam agredidos no exercício da sua profissão. Mais ainda quando a sua missão profissional é informar imparcialmente acerca de um determinado acontecimento.

O SJ lamenta que, num país democrático onde o direito à informação é constitucionalmente garantido, situações como esta continuem a existir, ameaçando o exercício pleno do jornalismo.

O SJ exige às autoridades o apuramento de responsabilidades, até às últimas consequências, e disponibiliza, desde já, todo o apoio necessário aos agredidos.

O SJ recorda que, no passado mês de junho, afirmou, perante a Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, que uma das exigências já apresentadas aos responsáveis pela organização de competições era que fossem criadas condições de trabalho em segurança nos estádios e recintos desportivos para os jornalistas.

Nessa altura, pouco depois de agressões a jornalistas da RTP, o SJ defendeu que, de imediato, fosse equiparado, no Código Penal, o jornalista a outras profissões ou funções de interesse público com o intuito de que o crime de agressão cometido passe a ser submetido a especial grau de censura, podendo, por esta via, ser qualificado ou ter a pena agravada.

Antes, no início de maio, o Sindicato organizara um debate em que o tema central foi precisamente o das agressões aos jornalistas.

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