Figura de primeiro plano do sindicalismo português, fundador da Intersindical Nacional na fase clandestina anterior ao 25 de Abril e grande amigo do Sindicato dos Jornalistas, a morte de Manuel Lopes deu ensejo a um comunicado de sentida homenagem.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) está de luto por Manuel Lopes, tal como os trabalhadores do nosso País e o movimento sindical. Perdemos um grande lutador, um companheiro de firmeza indiscutível, de cordialidade por todos reconhecida.

Manuel Lopes nasceu em 18 de Novembro de 1943 e ingressou no mundo do trabalho infantil antes dos 15 anos, idade em que começou a militar como activista do sector têxtil. Desde essa altura, foi reconhecido pelos seus camaradas de todos os ofícios como um responsável de grande nível, tendo participado na fundação clandestina da Intersindical Nacional, em 1970. O Sindicato dos Jornalistas orgulha-se de ter integrado a Intersindical antifascista, logo após a fundação desta estrutura.

Depois do 25 de Abril, Manuel Lopes ocupou cargos destacados, no sindicalismo e fora dele, sempre com a modéstia e a simpatia que todos lhe reconhecíamos. Foi um grande amigo do Sindicato dos Jornalistas com o qual sempre manteve, através dos tempos mais ou menos conturbados, um relacionamento exemplar de civismo e de espírito fraterno na luta pelos trabalhadores até aos últimos dias da sua vida.

Honrar a memória de Manuel Lopes é apontar ao sindicalismo português um exemplo de solidariedade, de empenhamento, de compromisso com causas sentidas e assumidas.

Apresentamos as nossas condolências à família de Manuel Lopes.

Honra a Manuel Lopes!