Sexto jornalista assassinado este ano nas Filipinas

O jornalista de rádio, Juan Porras Pala, foi assassinado a tiro a 6 de Setembro, quando deixava a casa de um amigo em Davao, na ilha de Mindanao, Filipinas.

Juan Porras Pala, que tinha já escapado a duas tentativas de assassinato, é o terceiro jornalista morto no país em três semanas e o sexto de 2003, o que leva a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) a temer pelos profissionais de comunicação social do país, onde a impunidade parece uma ordem estabelecida. As três organizações exigiram já junto das autoridades filipinas a tomada de medidas que garantam a segurança dos jornalistas, e a investigação e condenação dos responsáveis pelos crimes.

O jornalista morto era apresentador de um programa diário na rádio dxGO, sendo conhecido pelas suas críticas a alguns dos políticos locais, bem como por ser um activista anticomunista.

Já a 14 de Junho de 2001 quatro homens mascarados haviam disparado contra o seu automóvel, tendo o jornalista sido atingido por três balas, uma das quais no pescoço. Assim mesmo, Juan Porras Pala insistiu em apresentar o seu programa radiofónico no dia seguinte, tendo-o feito a partir da sua cama no hospital.

Posteriormente, a 29 de Abril, atiradores tentaram atingi-lo quando se deslocava para o trabalho na companhia de três guarda-costas, que dispararam em retorno, afastando os atacantes. Na ocasião, Juan Porras Pala, que ficou ferido, disse suspeitar que a polícia estaria envolvida no ataque. Desde então, o jornalista apresentava o seu programa a partir de casa.

Antes de Juan Porras Pala foram mortos este ano nas Filipinas Rico Ramirez (20 de Agosto), Noel Villarante (19 de Agosto), Bonifacio Gregorio (08 de Julho), Apolinario “Polly” Podeba (17 de Maio) e John Villanueva (28 de Abril), estando as mortes mais recentes a ser investigadas pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas.

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