Sete jornalistas libertados na Turquia

Tribunal deu ordem de libertação a parte de um grupo de 17 do Cumhuriyet, cujo julgamento vai prosseguir com próxima audiência a 11 de setembro. FEJ e FIJ exigem que todos sejam libertados.

Foram libertados sete dos 17 profissionais ligados à comunicação social via Cumhuriyet que se encontram em juglamento na Turquia, sob a acusação de colaborarem com o PKK e com a FETO, no contexto do golpe de Estado falhado do ano passado.

De acordo com a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), o grupo em causa é formado por Musa Kart, Bülent Utku, Turan Günay, Önder Çelik, Kemal Güngör, Hakan Karasinir e Güray Öz. Porém, os restantes continuam detidos e a próxima sessão do julgamento está agendada para 11 de setembro.

Phlippe Leruth, presidente da FIJ, regozijou-se com a libertação dos sete, mas lembrou que ainda há “centenas de jornalistas detidos de forma injusta na Turquia” e acrescentou: “Exigimos que o governo do presidente Erdogan coloque ponto final à perseguição e criminalização dos jornalistas no seu país e que liberte todos os que continuam presos.”

Presente na sessão de abertura do julgamento, realizada no passado dia 24 de julho, Mogens Blicher Bjerregard, presidente da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), afirmou: “A liberdade de imprensa tem de ser protegida e não ser levada em julgamento como está a acontecer na Turquia. Exigimos que as autoridades turcas libertem todos os jornalistas detidos, assegurando-lhes ainda o direito a serem compensados pelos danos causados.”

Numa declaração conjunta, assinada ainda por outras entidades ligadas ao Jornalismo e não só, FIJ e FEJ pedem também a libertação de ativistas dos Direitos Humanos ainda presos e salientam: “Este caso é um teste para a Turquia e o seu resultado vai dizer-nos que lugar irá ser ocupado no país pelos Direitos Humanos e pelo Estado de Direito.”

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