O jornalista bielorrusso Pavel Mazheyka foi condenado a 1 de Novembro a sete dias de prisão, por um tribunal distrital de Hrodna, alegadamente por ter participado numa manifestação não autorizada.

Pavel Mazheyka, líder da delegação de Hrodna da Associação Bielorrussa de Jornalistas, era também chefe de redacção do jornal “Pahonya”, que foi proibido.

A 4 de Outubro, o jornalista, na companhia de quatro outros colegas de profissão, protestou contra as pressões que se fazem sentir sobre os órgãos de comunicação independente e contra a multa prescrita a Alena Raubieckaya, editora do semanário “Birzha informatsii”. A responsável da publicação foi acusada, a 30 de Setembro, de insultar o presidente Aleksandr Lukashenko num artigo sobre o referendo de 17 de Outubro no país, e multada em 1.3 milhões de rublos, cerca de 500 euros.

Segundo o Instituto Internacional de Imprensa (IPI), a sentença agora aplicada a Pavel Mazheyka é mais um dos muitos ataques feitos aos média independentes no âmbito das eleições e do referendo sobre a continuidade de Aleksandr Lukashenko no poder.

Durante o referido período, cinco jornalistas foram agredidos, outros extraditados e muitos impedidos de acompanhar conferências de imprensa, além de mais de uma dezena de jornais terem sido suspensos e de diversas gráficas se recusarem a imprimir periódicos.

Numa missiva dirigida ao presidente bielorrusso, o IPI faz o ponto da situação vivida no país, lembra que de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos todos têm direito a ter opinião e a partilhá-la por qualquer meio, sem interferência ou perseguição de outrem, e apela ao fim da campanha de intimidação e ao direito dos jornalistas a exercerem a sua profissão livremente e sem receio.