RSF identifica 34 predadores da liberdade imprensa

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou uma lista de 34 “predadores da liberdade de imprensa”, incluindo pela primeira vez os cartéis de droga mexicanos, responsáveis por uma parte considerável dos 24 assassinatos de jornalistas ocorridos no México desde 2001.

Segundo a RFS, os chamados predadores da imprensa estão presentes um pouco por todo o mundo, sendo apontados 16 casos na Ásia, 11 em África, quatro na América e três na Europa.

Os “predadores” europeus são a ETA, em Espanha, Vladimir Putin, na Rússia, e o seu homólogo bielorrusso Alexander Lukashenko, enquanto nas Américas a RSF aponta o dedo a Fidel e Raul Castro, em Cuba, aos já referidos cartéis de droga mexicanos e a dois colombianos: Diego Fernando Murillo Bejarano, das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), e Raúl Reyes, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Em África, a lista é composta pelos presidentes da Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Guiné Equatorial, Líbia, Ruanda, Tunísia e Zimbabué, aos quais se juntam o rei Mswati III, da Suazilândia, as forças de segurança nigerianas SSS, e o “general da rua” marfinense Charles Blé Goudé, que juntamente com os seus “Jovens Patriotas” aterroriza os órgãos de comunicação que não apoiem o presidente Laurent Gbagbo.

Na Ásia, as presenças na tabela vão desde os grupos islamitas armados no Afeganistão, Bangladesh, Iraque, Paquistão e territórios palestinianos até à força policial Star Force, nas Maldivas, passando pelos paramilitares tamil no Sri Lanka.

Os líderes máximos da Arábia Saudita, Azerbaijão, Birmânia, Cazaquistão, China, Coreia do Norte, Laos, Paquistão, Síria, Uzbequistão e Vietname também fazem parte da lista, tendo o Irão direito a duas presenças: o líder espiritual Ali Khamenei e o presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Da lista de predadores da liberdade de imprensa saíram o rei do Nepal e o chefe dos maoístas nepaleses, após a assinatura de um cessar-fogo no país.

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