RSF apela à libertação de jornalistas na Eritreia

A Repórteres Sem Fronteiras fez um novo apelo ao governo da Eritreia para que liberte os 14 jornalistas presos nos últimos dois anos e permita a reabertura dos médias independentes, fechados desde 18 de Setembro de 2001.

A organização recorda que a Eritreia é o único país africano, e um dos poucos no mundo, em que apenas os médias governamentais são permitidos, e que é, além disso, a maior prisão de jornalistas de todo o continente.

O encarceramento de jornalistas por ordem do governo eritreu iniciou-se dias depois do fecho dos médias independentes, com a detenção de Yusuf Mohamed Ali, do “Tsigenay”; Mattewos Habteab e Dawit Habtemichael, do “Meqaleh”; Medhanie Haile e Temesgen Gebreyesus, do “Keste Debena”; Emanuel Asrat, do “Zemen”; Dawit Isaac e Fessehaye Yohannes, do “Setit”; Said Abdulkader, da “Admas”, e do fotógrafo freelance Seyoum Tsehaye.

Estes 10 jornalistas iniciaram uma greve de fome a 31 de Março de 2002 em protesto contra a sua prisão ilegal e exigindo “direito à justiça” e a serem julgados por um “tribunal independente e justo”, o que lhes valeu a transferência para local desconhecido a 3 de Abril desse ano.

Em Janeiro e Fevereiro de 2002, os jornalistas Hamid Mohamed Said e Saidia Ahmed, da “Eri-TV”, e Saleh al-Jezaeeri, da rádio “Voice of the Broad Masses”, órgãos estatais, foram presos sem justificação.

A 8 de Julho passado, Akhlilu Solomon, correspondente local da “Voice of America”, foi preso pelas autoridades e obrigado a cumprir o serviço militar obrigatório. Porém, a “Voice of America” garante que o jornalista já havia cumprido parte do serviço militar e estava isento do restante por razões médicas.

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