RSF alerta para situação dos jornalistas presos em Cuba

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou ontem para a transferência de vários dos jornalistas cubanos presos em Março para prisões situadas fora de Havana, nalguns casos a 900 quilómetros da capital. As famílias dos presos denunciaram a situação como “uma segunda condenação” disfarçada, tendo em conta as dificuldades de deslocação na ilha.

A RSF e também o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) salientam a gravidade do estado de saúde de Oscar Espinosa Chepe, de 62 anos, que sofre de hepatite crónica, hipertensão arterial e insuficiência hepática, e que foi transferido para uma prisão em Guantanamo, a 910 quilómetros de Havana.

Raúl Rivero também foi transferido para uma prisão em Ciego de Avila, a 430 quilómetros da capital. O jornalista Ricardo González, corespondente da RSF em Cuba, também foi transferido para a prisão Kilo 8, em Camaguey, a 530 quilómetros de Havana.

Os outros jornalistas transferidos, segundo a RSF, são: Victor Orlando Arroyo e Jorge Olivera Castillo, para Guantanamo; Mijail Barzaga Lugo, Julio César Gálvez Rodríguez e Hector Maseda Guttiérrez, para Santa Clara (270 quilómetros de Havana); Adolfo Fernández Sainz, para Holguín (730 quilómetros de Havana); Edel José Garcia e Manuel Vázquez Portal, para a prisão de Boniato, em Santiago de Cuba (860 quilómetros de Havana); Miguel Galván Gutierrez, para Matanzas (98 quilómetros de Havana).

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