Repórter turcomena morre na prisão

A jornalista turcomena Ogulsapar Muradova, da Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL), foi encontrada morta na prisão, com ferimentos na cabeça e no pescoço, revelou a organização de defesa dos direitos humanos Turkmen Helsinki Foundation.

Segundo a mesma entidade, que falou com dois filhos da jornalista antes das linhas telefónicas destes terem sido cortadas, Ogulsapar Muradova terá sido drogada na cadeia, torturada e coagida a confessar “actividades ilegais”. As autoridades recusaram um pedido da família para que o corpo da repórter fosse autopsiado e não revelaram as causas ou a data da morte.

A jornalista, de 58 anos, estava detida desde meados de Junho, tendo sido condenada no dia 25 de Agosto a seis anos de prisão por posse ilegal de munições, num julgamento à porta fechada que apenas durou alguns minutos.

Exigindo esclarecimentos das autoridades turcomenas, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) revelaram-se ainda preocupados com a sorte de Annakurban Amanklychev e Sapardurdy Khajiyev, dois activistas dos direitos humanos que foram julgados e presos juntamente com Ogulsapar Muradova, que foram condenados a sete anos de prisão.

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