Repórter paquistanês torturado durante quatro meses

Mehruddin Marri, do jornal “Kawish”, regressou a casa a 24 de Outubro após quatro meses de interrogatórios, agressões, choques eléctricos e outras formas de tortura às mãos de agentes da secreta militar, com vista a levá-lo a confessar ligações ao movimento nacionalista balúchi.

“Estamos alarmados com o uso continuado do rapto e da tortura como forma assustadora de silenciar os jornalistas”, afirmou o presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Christopher Warren, instando o governo paquistanês a intervir imediatamente para garantir o fim destes abusos.

No mesmo sentido, a FIJ soliticitou uma investigação total aos raptos e torturas de que foram alvo Mehruddin Marri e os jornalistas Saeed Sarbazi (que sofreu sorte similar entre 20 e 22 de Setembro), Mukesh Rupeta e Sanjay Kumar (desaparecidos e torturados entre 6 de Março e 22 de Junho), bem como ao assassinato de Hayatullah Khan e ao desaparecimento de Munir Mengal, fundador da estação televisiva balúchi Baloch Voice, que não é visto desde 7 de Abril.

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