Repórter mexicano torturado e ameaçado por polícias

O mexicano Luis Fernando Nájera, repórter do diário “El Debate de Culiacán” e do semanário “Ríodoce”, foi torturado e ameaçado por agentes de uma equipa de intervenção rápida da polícia na cidade de Mochis, no estado nortenho de Sinaloa, depois de ter fotografado uma pessoa a ser agredida pelas autoridades.

De acordo com o Centro Nacional de Comunicação Social (Cencos), uma organização mexicana de defesa dos jornalistas, quando Luis Fernando Nájera se dirigiu ao gabinete da Procuradoria Geral da República (PGR) para apresentar queixa, deparou-se com um dos agentes que o havida agredido. Ao solicitar-lhe a devolução do equipamento fotográfico, o jornalista não só não foi atendido como acabou por ser detido por ter sido “encontrada uma arma” – que pertencia a um dos polícias – na viatura em que se tinha deslocado à PGR.

Após dois dias de detenção, sem que qualquer familiar ou amigo tivesse sido avisado do facto, Luis Fernando Nájera foi libertado mediante o pagamento de uma fiança de 20 mil pesos (cerca de 1360 euros).

O jornalista denunciou o caso à PGR, ao gabinete da Comissão de Direitos Humanos em Culiacán e ao procurador-especial para crimes contra jornalistas, indicando os nomes dos agentes envolvidos e solicitando a investigação do ocorrido e a punição dos responsáveis.

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