A organização maoísta The People’s War reivindicou a responsabilidade pela morte do jornalista Manik Saha, da BBC, e ameaça matar mais nove jornalistas da região.
Alarmada com a situação, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apelou às autoridades do país para que continue a envidar esforços para apanhar e punir os culpados pelo assassínio, e alertou para a necessidade de levar muito a sério as ameaças de morte aos outros nove jornalistas, sublinhando ser vivamente aconselhável protegê-los.
Os jornalistas da região de Satkhira que integram a lista negra do grupo maoísta The People’s War, liderado por Gaffar Tushar, são: Mizamur Rahman, Kallayan Banerjee, Subash Chowdhury, Ram Krishna, Shahin Goldar, Kazi Dulal, Abul Kalam, Abdul Bari e M. Raju.
Todos os visados são correspondentes de diários com sede em Dhaka, capital do país, e têm escrito sobre as actividades dos grupos armados, acusando-os nomeadamente da prática de extorsão.
O assassínio de Manik Saha, atingido por uma bomba no passado dia 15, motivou uma greve geral a 16 e 17 de Janeiro, em Khulna. Na altura, o ministro da Informação, Tariqul Islam, que visitou a cidade, prometeu que tudo seria feito para castigar os responsáveis pelo crime.