Raúl Rivero libertado em Cuba

Raúl Rivero, jornalista e escritor que se encontrava detido em Havana, foi libertado a 30 de Novembro. É o segundo jornalista preso a receber liberdade condicional por motivos de saúde em cerca de 48 horas.

Numa altura em que o governo de Fidel Castro retomou os contactos diplomáticos com Espanha, um passo para um relacionamento eficaz com a União Europeia, foi também libertado Oscar Espinosa Chepe e vários dissidentes que se encontravam encarcerados.

Continuam presos 25 jornalistas detidos numa ofensiva que, em Março de 2003, o governo cubano realizou contra a imprensa independente, pelo que o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) aproveitou a libertação de Raúl Rivero para solicitar que os restantes jornalistas tenham igual destino.

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Cuba continua a ser um dos países com maior número de jornalistas presos, logo a seguir à China.

Raúl Rivero, poeta e prosador, era também director da agência de notícias independente Cuba Press e, após ser detido, foi condenado a 20 anos de cárcere devido a alegados actos contra “a independência ou a integridade territorial do Estado”.

O jornalista, que em 2004 recebeu da UNESCO o prémio mundial de liberdade de imprensa Guillermo Cano, foi transferido a 26 de Novembro para o hospital da prisão Combinado del Este e a liberdade condicional de que agora desfruta pode ser interrompida se o governo decidir voltar a encarcerá-lo, até porque outros jornalistas que foram recentemente transferidos para ali, como Edel José García, continuam presos.

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