Quatro jornalistas raptados na Somália

Quatro jornalistas – dois europeus e dois somalis – foram raptados a 26 de Novembro pouco depois de saírem do hotel na cidade portuária de Bossasso, na região semi-autónoma somali de Puntland.

Os jornalistas raptados são o britânico Colin Freeman, do “Daily Telegraph”, o fotojornalista freelance espanhol José Cendón e os somalis Awale Jama e Muktar Said, que trabalhavam como guia e intérprete dos dois ocidentais, que se deslocaram à região para investigar a pirataria no Golfo de Adém, à entrada do Mar Vermelho.

O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenaram a acção e instaram as autoridades a fazer os possíveis para garantir a libertação segura dos quatro profissionais, realçando a perigosidade da Somália para o exercício da profissão.

Recorde-se que este caso não é único e que, desde 23 de Agosto, encontram-se reféns no país os jornalistas freelance Abdifatah Elmi (Somália), Amanda Lindhout (Canadá) e Nigel Brennan (Austrália). Há ainda registo de mais dois funcionários dos Médicos do Mundo e quatro da Action Against Hunger sequestrados em território somali.

Um caso que terminou bem foi o do jornalista francês Gwen LeGouil, que se encontrava na região a investigar o tráfico de pessoas para o Iémen, através do Golfo de Adém, e que foi raptado em Dezembro de 2007 e libertado ao cabo de oito dias.

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