As autoridades turcas detiveram e interrogaram quatro jornalistas que noticiaram a libertação de um soldado turco que havia sido raptado por nacionalistas curdos.
Ferit Demir, das agências noticiosas DHA e Reuters, Haydar Toprakçi, da agência noticiosa AA, e Kadir Özbek e Rüstü Demirkaya, da agência pró-curda DIHA, foram detidos a 4 de Agosto, na localidade de Gülec, e levados para o quartel-general do exército em Tunceli, na Anatólia Oriental.
Os jornalistas estavam em Gülec com uma delegação de direitos humanos com o objectivo de entrevistar o soldado turco Coskun Kirandi, que fora raptado por elementos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) a 11 de Julho e que tinha acabado de ser libertado.
Além dos jornalistas, os militares prenderam e interrogaram os cinco elementos da delegação e dois aldeões, tendo o procurador-adjunto local, Sedat Ertaskin, acusado todos os visados de “actuarem como intermediários” e de colaborarem e fazerem propaganda a favor da causa curda.
“Estes jornalistas estavam apenas a fazer o seu trabalho. Não devem ser suspeitos de colaborar com o PKK só porque cobriram este acontecimento. A luta legítima e necessária contra o terrorismo não pode justificar semelhantes violações da liberdade de imprensa”, protestou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
