Pulitzer 2004 premeiam cobertura de conflitos

Artigos de órgãos de comunicação social dos Estados Unidos sobre as guerras do Iraque, da Libéria e do Vietname obtiveram o reconhecimento dos prémios Pulitzer 2004, divulgados a 5 de Abril.

O galardão para melhor Reportagem Internacional foi concedido a Anthony Shadid, de “The Washington Post”, pela sua cobertura do conflito no Iraque, a qual envolveu “riscos pessoais”.

Os jornalistas Michael D. Sallah, Mitch Weiss e Joe Mahr, de “The Blade”, receberam o prémio de melhor Reportagem de Investigação, por uma peça sobre as atrocidades cometidas pela tropa de elite norte-americana, “Tiger Force”, durante a guerra do Vietname.

Nos prémios para a imagem, David Leeson e Cheryl Diaz Meyer, de “The Dallas Morning News”, viram o seu trabalho sobre o conflito iraquiano premiado com o galardão de melhor Fotografia da Actualidade, enquanto Carolyn Cole, de “Los Angeles Times”, recebeu o prémio de Fotografia de Feature, pelo seu portfolio sobre a guerra civil na Libéria.

Sem ter por tema conflitos bélicos, o prémio de Serviço Público foi entregue a “The New York Times”, pelas informações que David Barstow e Lowell Bergman divulgaram acerca dos acidentes laborais nos Estados Unidos.

A distinção principal em Reportagem da Actualidade, assim como o prémio de Reportagem Nacional, couberam à redacção de “Los Angeles Times”, pela cobertura dos incêndios na Califórnia e pela análise das tácticas de implantação da cadeia de supermercados Wal-Mart, respectivamente.

A melhor Reportagem Explicativa foi entregue a Kevin Helliker e Thomas M. Burton, de “The Wall Street Journal”, por artigos sobre aneurismas, enquanto o seu colega de redacção, Daniel Golden, foi premiado por uma série de trabalhos acerca das preferências das universidades na admissão de alunos.

Leonard Pitts Jr, de “The Miami Herald”, recebeu o prémio de melhor colunista; Dan Neil, de “Los Angeles Times, obteve o prémio de melhor crítico; Matt Davies, de “The Journal News”, viu reconhecido o mérito dos seus cartoons; e William Stall, de “Los Angeles Times”, foi galardoado pelos seus editoriais sobre a Califórnia, onde costumava analisar problemas e apontar soluções.

Por decisão do júri, constituído por 19 personalidades ligadas à imprensa e aos meios académicos dos Estados Unidos, não foi entregue o prémio para melhor Feature.

No que respeita aos prémios não jornalísticos, o livro “The Known World”, de Edward P. Jones, foi distinguido como melhor Ficção, enquanto “I Am My Own Wife”, de Doug Wright, foi considerado o melhor Drama, e “Walking to Martha’s Vineyard”, de Franz Wright, o melhor em Poesia.

“A Nation Under Our Feet”, de Steven Hahn, venceu na categoria de História, ao passo que “Khrushchev: The Man and His Era”, de William Taubman, ganhou em Biografia, e “Gulag: A History”, de Anne Applebaum, foi distinguido como a melhor Não Ficção.

Por fim, o compositor Paul Moravec foi premiado na categoria de música por “Tempest Fantasy”.

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