Prosseguem os despedimentos no sector

O último trimestre de 2009 mantém-se bastante negro no sector da comunicação social, com anúncios de despedimentos na agência noticiosa AP e em órgãos do Reino Unido, de França e de Espanha.

A AP já confirmou que despediu 90 jornalistas no total das suas diversas delegações, de modo a cumprir o objectivo de reduzir as despesas anuais em 10% para fazer face à diminuição das receitas pagas pelos seus clientes (jornais e emissoras de rádio e TV).

Do Reino Unido chegam notícias de que a estação televisiva ITN vai proceder a 20 despedimentos, enquanto a revista semanal “Media Week”, pertencente ao Haymarket Group, anunciou que irá encerrar, causando a ida para o desemprego de 18 jornalistas.

O cenário é ainda mais negro em França, onde o “Le Parisien” decidiu, a 26 de Novembro, que no âmbito da sua reestruturação irá cortar uma centena de postos de trabalho – 25 no noticiário nacional e o restante nas edições locais –, devido a uma quebra de 7% nas vendas e de 20% nas receitas publicitárias.

Em Espanha, os casos mais recentes de órgãos que procederam a despedimento de trabalhadores foram o “La Opinión de Granada” e o diário “Público” – que informou 17 funcionários de que os iria dispensar na véspera, alegadamente como forma de evitar um despedimento colectivo que seria mais gravoso para todos.

Devido aos cerca de três mil despedimentos ocorridos no sector nos últimos 12 meses, o número de jornalistas desempregados no país vizinho ascende já a 5.155, de acordo com o Instituto Nacional de Emprego (INEM) espanhol, tendo o Fórum de Organizações de Jornalistas (FOP) revelado um estudo segundo o qual a eventual aprovação da nova lei do audiovisual irá colocar em risco 10 mil postos de trabalho.

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